Fim de Copa do Mundo, Alemanha campeã, e o Brasil fora da grande festa da final após ser eliminado por um placar embaraçoso de 7×1. Na escola, tanto essa quanto qualquer outra derrota pode ser usada como gancho para trabalhar nas aulas de educação física habilidades socioemocionais que moldam o caráter e preparam os alunos para a vida, como aprender a lidar com perdas, trabalhar em equipe e aceitar e obedecer regras.
Para Fernando Lobo [CREF 039201-G/SP], gestor pedagógico da Rede de Ensino Desportivo (REDE), instituição de ensino voltada para a capacitação de profissionais ligados a esportes, os grandes eventos esportivos são um bom pretexto para colocar em prática atividades que envolvem o desenvolvimento de questões não cognitivas. “Nos esportes em geral, sempre vai ter um perdedor e um vencedor. Nas aulas de educação física, algumas modalidades esportivas como o futebol podem ser usadas como ferramentas de desenvolvimento não só motor, mas também socioafetivo”. (…)
O coordenador do curso de educação física do Colégio Presbiteriano Mackenzie, de São Paulo, Ronê Paiano [CREF 004483-G/SP], acrescenta que as regras devem ser trabalhadas em uma perspectiva reflexiva, que esclareça por que elas existem e abrindo espaço para que os alunos as questionem. “As regras do esporte podem ser transferidas para a vida em geral. Não existe convívio social sem regras”, afirma. “É interessante questionar os alunos se é possível jogar sem regras, pode até coloca-los para jogar alguma coisa sem regras, para fazê-los entender a necessidade delas”, completa o coordenador, que ressalta que atividades regradas desenvolvem atitudes honestas e o falar a verdade.
Fonte: Jornal do Brasil