Existem vários tipos de doenças neurodegenerativas, em que há decréscimo progressivo e irreversível de neurônios. Quando isso acontece, gradativamente, ocorre a perda das funções motoras e fisiológicas e a capacidade cognitiva (atenção, percepção, memória, raciocínio, pensamento e linguagem). Esta degradação pode afetar o movimento do corpo e o modo em que funciona o cérebro, originando a demência, como o Mal de Alzheimer e o de Parkinson.
(…) Atividade física como aliada – a Doutora Karina Hatano, médica do exercício e do esporte, conta que as atividades físicas regulares também podem ser grandes aliadas no tratamento visando melhorar a qualidade de vida. “O primeiro passo é fazer uma avaliação mental nos adultos mais maduros e idosos para ver se há alteração de memória de curto ou de longo prazo”, explica. Normalmente, quem sofre de Alzheimer lembra-se tudo do passado mas se esquece de fatos relacionados ao dia a dia, como deixar o fogão aceso.
Dentre os exercícios para as doenças neurodegenerativas, os principais são de fortalecimento muscular para braços e pernas. “Eles auxiliam no equilíbrio, na propriocepção como um todo (percepção de posicionamento que o corpo tem no espaço), evitando que o paciente caia e se machuque. Indicamos também atividades mais lúdicas e dinâmicas para estimular a memória”, comenta.
No caso do Parkinson, engana-se quem ache que os exercícios físicos podem ser uma ameaça, um perigo, em razão dos tremores. “Muito pelo contrário, quando a pessoa faz uma atividade como musculação, durante o movimento diminuem os tremores, comparando-se ao estado de repouso. Além disso, fortalecer a massa muscular nas pernas evita quedas e nos braços auxilia nas tarefas rotineiras, como carregar panelas e sacolas”, esclarece. (…)
Em ambas as doenças os exercícios ajudam no combate de doenças como hipertensão, derrames, obesidade, diabetes, osteoporose, ansiedade, depressão, problemas no coração e pulmões. Além disso, aumentam a autoestima, a confiança e a aceitação da autoimagem, trazendo mais bem-estar geral e proporcionando a inclusão social. “Porém, é fundamental que um profissional monitore as atividades, para que sejam feitas corretamente e com o intuito de se evitar quedas”, lembra a doutora. (…)
Fonte: Terra