Mexa o corpo com intensidade, ainda que por menos tempo do que o investido em atividades de baixo impacto, e o seu coração vai agradecer o cuidado. A recomendação é de pesquisadores da Clínica Universidade da Navarra. Após avaliarem dez mil pessoas, eles constataram que, pelo menos entre o grupo estudado, os que fazem exercício mais intenso têm 37% menos chance de sofrer da síndrome metabólica do que aqueles que apostam na leveza. Para quem tem mais de 55 anos, deixar de lado a moderação significa ter o índice elevado para 90%.
Publicado na revista American Journal of Preventive Medicine, o estudo prega que mais vale o esforço do que a duração do exercício praticado. Segundo os pesquisadores, ao medir a relação entre síndrome metabólica e o nível do exercício praticado, a síndrome ocorre quando há pelo menos três de cinco condições determinantes para o risco cardiovascular, que são hipertensão, baixo índice de colesterol bom (HDL), glicose elevada, obesidade ou índice elevado de triglicérides.
Qual exercício praticar? Resumindo o enredo traçado pelos cientistas, mais vale uma boa corrida do que uma caminhada. O exemplo dado pelos especialistas leva em consideração o Equivalente Metabólico da Tarefa, que ajuda a calcular o gasto calórico de atividades e exercícios físicos. O resultado é obtido pela multiplicação do MET do exercício, pelo peso da pessoa e pelo tempo gasto em horas.
Seguindo essa escala, a Organização Mundial da Saúde considera intenso o exercício cujo consumo é superior a seis (MET); moderado, aquele de consumo entre três e seis; e leve aqueles que rendem menos de três. Na dúvida, acelere o passo.
Fonte: O Globo